Por sugestão do Roland, acatada pela maioria, demos primeiro uma parada numa ilhota bastante curiosa: ela tem exatamente uma palmeira crescendo nela. Bem, também não há espaço para muito mais, mas poderia haver algumas...
Fomos para a água mas acabamos não indo até a ilha (outros foram): havia muito coral na areia, e estava difícil acharmos um caminho confortável para chegar lá.
Essa foi só uma parada para ver algo interessante, e depois seguimos para o destino final: um atol em torno de uma ilha habitada pelos Kuna. Talvez por isso (acesso a bebidas e comida) havia pelo menos seis ou sete veleiros ancorados em torno de nós, e a maioria ficou para passar a noite.
Uma das atrações desse atol, que só tem uma entrada entre os recifes, é um veleiro que naufragou porque seu capitão tentou entrar no atol por onde não devia. Não deu para vê-lo, pois quando entramos na água para isso a correnteza estava muito forte para nos afastarmos o necessário do barco.
Essa proximidade também trouxe Kunas ao barco para vender seu artesanato: são principalmente pulseiras e bordados muito bem trabalhados. Em outras circunstâncias certamente teríamos comprado algo.
Foi um dia gostoso e que terminou com mais uma noite tranquila.
19/05/2011 - Quinta-feira: San Blas - Cartí - Cidade de Panamá
Nesse dia fomos acordados pelo motores do barco sendo acionados - o Roland queria zarpar realmente bem cedo. E logo depois eles foram reduzidos e desligados, e ouvimos um grande movimento no convés.
Cabeças para fora das escotilhas e ficamos sabendo que o barco estava encalhado! Aparentemente ele girou com a maré e esta baixou muito, e a quilha foi encontrar a areia e se enfiar nela.
A operação para desencalhar o barco durou uma boa hora, exigindo inclusive que as motos fossem desamarradas, porque elas estavam amarradas exatamente nos canos que são a parte superior da quilha, que foi levantada para soltar o barco.
Bem, menos mal que foi possível desencalhar sem maiores danos e tocamos para o litoral. A burocracia toda por ali é um tanto primitiva mas tem que ser respeitada: Jose levou o Roland com o barco inflável até Porvenir, onde ele fez os trâmites de imigração de todos os passageiros do barco.
As motos teriam que ser processadas na cidade de Panamá, nem em Porvenir, nem em Cartí há alfândega! Então por que não entrar simplesmente? Simples, para não ter problemas ao sair! E esse problemas acontecem, como vocês verão (ou lerão).