Beth & Heinz Klein

(Moto)viagens

Diário de bordo -  Américas 2011: EUA

Voltando para casa

Página anterior
Página anterior
Double click to edit
19-23/10/2011 - Quarta-feira - Domingo: Jackson / MO

E o que deveria ter sido um pernoite e nada mais transformou-se na pior parte da viagem: eu (Heinz) já vinha há alguns dias carregando uma afecção de pele acompanhada de alguma dor no ombro e axila esquerdos, que aumentaram bastante em Jackson, agora acompanhados por uma dor de cabeça de intensidade e insistência desconhecidas para mim.

Decidimos ficar parados por um dia para ver o que dava, mas na quinta-feira estava ainda pior. Tomei os analgésicos que havíamos trazido e nada das dores diminuírem. Resultado: na sexta-feira fomos para um hospital (St. Dominic), onde foi diagnosticada Herpes Zoster (revitalização do vírus de catapora, provavelmente por stress). O atendimento foi atencioso mas meio 'INSS': o enfermeiro olhou, pré-diagnosticou (não sabemos se isso é prerrogativa dele ou se era simplesmente metido), o médico entrou, olhou, disse que era isso mesmo e sumiu.

Foi muito bom termos o seguro internacional ISIS: quando mencionamos que tínhamos esse seguro a funcionária do financeiro só pediu a carteirinha, anotou os dados, e desapareceu.

Mas a medicação funcionou (compramos os medicamentos na farmácia do hospital mesmo), o diagnóstico deve ter sido correto: primeiro me nocautearam com os analgésicos usados: voltamos para o hotel e dormi direto das 14h00 de sexta-feira até a manhã de sábado.

Aí, para aumentar um pouco a mobilidade alugamos um carro, com o qual deu para fazer compras no supermercado - estávamos presos aos restaurantes que dava para alcançar a pé do hotel, e eles não eram nada que prestasse - e no domingo deu para sair do hotel, passear um pouco e salvar em certa medida esses dias em Jackson: fomos passear um pouco no centro da cidade, muito bonito e cheio de prédios históricos como toda cidade americana.


Antes mesmo de chegar à divisa do Texas, em Lake Charles, há muitas, mas muitas mesmo (ou então uma absolutamente enorme), refinarias de petróleo,além de bombas de extração espalhadas pelo campo. Em diversos pontos até se sente o cheiro de gás ou de algum derivado de petróleo. Nesse momento vem à memória que o Texas é um dos grandes produtores de petróleo dos EUA, e essa região é de escoamento da produção refinada, graças à proximidade do Golfo. Isso sem contar os inúmeros vagões de trem...

E meio por acaso encerramos nossas paradas em viagem da mesma forma que começamos: nossa primeira refeição na estrada nos EUA foi num McDonald's, e a última também: precisávamos de acesso à Internet, e acabamos parando lá para resolver essa necessidade - só nos restou aproveitar para comer algo e encerrar a parte alimentar de nossa vida nas estradas norte-americanas tão mal quanto começamos.

Outra característica do Texas são as estradas, chegando a ter sete faixas em cada sentido. E os trevos são cebolões que fazem o de São Paulo parecer um cruzamento de rua de bairro em cidade do interior.

Chegando na cidade, antes mesmo de ir para o hotel, iniciamos a maratona: passamos na Schumacher Logística para discutir o despacho da moto e depois fomos alugar um carro, pois na manhã do dia seguinte a moto iria para a oficina fazer um reparo antes de seguir para o Brasil. Já com dois veículos fomos para o hotel.


26/10/2011 - Quarta-feira:  Houston, Galveston / TX

Pela manhã deixamos a moto na concessionária BMW para o coserto e prepará-la para o transporte (drenar tanque de combustível e desconectar a bateria). Como agora estávamos em compasso de espera (tanto pela transportadora como pela concessionária), fomos a Galveston, no litoral do golfo do México.

Galveston é uma ilha muito comprida e estreita, quase uma restinga - em alguns pontos dá para ver o mar dos dois lados - que corre ao longo da costa, e fica a menos de uma hora de distância por auto pista, ao longo da qual há muitas refinarias de petróleo, o campus da Universidade do Texas e um monte de pequenos lagos e braços de mar. E Galveston é um dos portos de onde partem navios de cruzeiro para o Caribe.

O tempo estava agradabilíssimo: sol, céu azul e temperatura em torno de 30ºC, e para completar depois de muito tempo pudemos sentir uma praia como em casa. Lewes e Rehoboth são muito bonitas mas já faltava esse calorzinho que encontramos aqui - não precisávamos de mais nada.

As praias ficam do lado de fora da ilha, voltadas para o Golfo do México, de modo que tem que se atravessar a cidade, muito interessante por apresentar algumas construções muito peculiares, incluindo muitos prédios antigos como o Palácio do Bispo.

A primeira praia que visitamos – East Beach - é muito longa, com muita areia bem branca. Dependendo onde se está na praia tem-se a impressão dos olhos estarem no mesmo nível do mar - e olhando com mais atenção observa-se que realmente há uma elevação na areia quando se chega mais perto da água. Deve realmente haver algum risco muito grande do mar penetrar pela praia adentro, tanto que ao longo da avenida que corre ao longo dessa praia (mas bastante afastada) foi construído uma elevação que dá o nome à avenida: Seawall Boulevard - muro no mar, para conter a água.

Ventava um pouquinho, e havia algumas famílias, uma delas vimos que eram latinas, fazendo piquenique, sentadas lendo.. uma tranquilidade. Tiramos os tênis e fomos pisar na água, cuja temperatura estava até que boa, para os pés, né? Mas com o sol quente até daria para entrar na água, mas não fomos preparados para isso.

Depois voltamos para o centro, e fomos procurar um restaurante na orla para comermos frutos do mar. Achamos um lugar bem agradável de onde se podia ficar observando o mar. Era isso que precisávamos: um litoral com cara de litoral, onde se pudesse andar de bermuda e camiseta. Ah, que bom! E comemos um saboroso, embora já tenhamos comido melhores, Snow Crab: siri gigante.

Por falar em comer esses crustáceos, a melhor lagosta que comemos foi a preparada pelo Reginaldo Barosi e pela Megan em Quincy: bateu todos o que comemos antes e depois.




Domingos de manhã, principalmente nos estados do sul da região conhecida como Bible Belt (cinturão da Bíblia, estados particularmente religiosos) só as igrejas estão abertas - nem museus abrem. Passeamos, observamos a grande quantidade do que pareciam desocupados espalhados pelos bancos das praças - havia até uma manifestação super-pacífica que nem chegamos a ver o que reinvindicava.

Dali voltamos para o hotel e mais tarde fomos comer num restaurante japonês, tentando encontrar algo que agradasse um pouco mais ao paladar: com a medicação toda estava difícil comer o usual que os restaurantes americanos oferecem.
E também tínhamos que avaliar as condições para prosseguir... para onde?

Herpes Zoster é uma doença incurável, da qual só é possível aliviar os sintomas, e cada manifestação pode durar dias, semanas ou meses. E agora? Foi a primeira vez que tive e não temos a menor idéia como ela se comportará daqui para a frente. E um país estrangeiro, longe dos médicos que conhecemos e nos conhecem, não é exatamente o melhor lugar para se fazer esse tipo de 'pesquisa'.

Conversamos, analisamos alternativas e decidimos que, já que já estamos voltando mesmo, encurtaremos essa volta para imediatamente. Vamos para casa pelo caminho mais reto possível. E esse caminho acabou sendo por Houston, TX: nessa cidade fica um dos cinco almoxarifados centrais da Schumacher Cargo, uma empresa com bastante experiência no transporte de motocicletas, e que oferece um diferencial que poucas têm: eles embalam a moto!

A maioria das transportadoras querem receber a moto pronta no container, e não temos contatos, experiência nem vontade de correr atrás disso. Decidimos então rodar até Houston e entregar a moto nas mãos deles.


24/10/2011 - Segunda-feira: Jackson / MO - Lafayette / LA

Muitas mudanças de rumo em pouco tempo! Durante quase oito meses seguimos um roteiro razoavelmente definido, oscilando um pouco para cá ou para lá mas sempre ao longo de uma linha mestra. Agora, em duas semanas, duas mudanças radicais de plano. Ah, faz parte!

A viagem até Lafayette foi um tanto medrosa, pois não sabíamos como estaria o físico depois da canseira da semana anterior. Até pensamos em parar em Baton Rouge, e nem fizemos reserva de hotel, mas no fim deu para ir tranquilamente até Lafaytte, graças também ao tempo bom com temperaturas agradáveis - quase quente demais.

A estrada de Baton Rouge a Lafayette é muito interessante: essa região da Louisiana é alagadiça, com pântanos, e há muitos trechos em que a pista corre por cima da mata, com canais, rios ou lagos por baixo: duas pistas para cada direção e no meio, lá embaixo, água. Um dos trechos chega a ter quase 29 km de extensão, formando uma ponte, a estrada correndo sobre pilastras a uns 10-15 metros acima do solo.

A parada em Lafayette foi exclusivamente para pernoite, mas mesmo assim tivemos uma surpresinha interessante: já havíamos comido na estrada e não pretendíamos jantar, mas queríamos comer alguma coisinha. Ao lado do hotel havia um restaurante grego/libanês - não é a primeira vez que vemos essa combinação por aqui, não sabemos por que ela ocorre. E tivemos a oportunidade de comer quibe frito, chamado aqui de Kubbi. Bem feito mas meio sem tempero - pode até ser que esse seja o certo, mas para nosso costume ele estava insosso.


25/10/2011 - Terça-feira: Lafayette / LA - Houston / TX





Viagem tranquila e com muito sol e temperatura chegando a 30ºC. É o sul que imaginávamos encontrar!

Pegamos novamente uma estrada que corre pelos pântanos, só que mais seca, com áreas agrícolas gigantescas, com grandes plantações de arroz. O impressionante foi ver a altura das pontes: a estrada atravessa lagos e rios bem próximos ao Golfo do México, e há trânsito de navios oceânicos por ali. E as pontes têm que permitir sua passagem! Dá até medo, parece uma montanha russa, você vê de longe aquela parede de estrada subindo e não dá para ver o outro lado...
Acabamos voltando para o hotel já à noite, depois de um dia muito gostoso - e a primeira vez que fizemos turismo de carro ao longo de toda a viagem.


27-30/10/2011 - Quinta-feira-Domingo: Houston / TX

Esses quatro dias foram de espera: só na sexta-feira a Schumacher nos forneceu informações mais precisas (incluindo preço) sobre o transporte da moto, e aí fomos obrigados a ficar até segunda-feira porque não haia mais tempo hábil para sacar dinheiro (das opções de pagamento dinheiro vivo era a única que podíamos usar) e fazer o pagamento.

Na quinta-feira dispensamos o café da manhã continental  (bem fraquinho) do Hotel e fomos nos recordar de como era o do Denny's. Há uns 16 anos estivemos com nossos filhos a passeio por aqui, e tomávamos o café da manhã lá, pedíndo um prato para cada um. Hoje, percebemos que fazer isso é um exagero: não comemos mais tanto, e mesmo um dos pratos sendo o light, acabou sendo demais. Os anos passam, os costumes mudam...a idade vem chegando e não queimamos mais tanta energia, né?

A quinta e a sexta-feira foram gastas basicamente para fazer compras, particularmente malas: afinal temos que guardar toda a tralha de motociclismo que normalmente levamos no corpo: jaquetas, calças, botas, luvas e capacetes. Ah, e tentando entender a notícia recebida da Schumacher: a moto teria que ser transportada por mar, via aérea não seria possível.

Telefonemas e emails acabaram esclarecendo: quando se envia um veículo desacompanhado dos EUA, esse procedimento é visto pela aduana como uma exportação. E algo só pode ser exportado se tiver sido fabricado no país ou devidamente importado. E a moto não foi importada! Na fronteira até insistimos que deveria haver algum procedimento, carimbo no passaporte ou seja lá o que for para caracterízar a entrada da moto no país, e a resposta sempre foi que não havia necessidade de nada.

O que não sabíamos é que essa atitude parte do pressuposto de que a moto sairá da mesma forma: rodando, com o proprietário. Será que seria diferente se tivéssemos dito que não seria assim? Pelo que informou o representante da Schumacher, não: para ser importado o veículo precisa de aprovação da EPA (Environmental Protection Agency), que obviamente não tínhamos. Pela mesma razão não adiantava fazer o que sugerimos como alternativa: tocar atá Matamoros, no México, que fica a 640 km de Houston, sair e entrar de novo fazendo a importação.

A solução foi a Schumacher fazer uma falsa importação para depois poder exportar a moto. Problema: nem todas as aduanas americanas 'engolem' esse procedimento, e uma delas é a de Miami, por onde é escoado normalmente o transporte para o Brasil. O que eles acharam (provavelmente já fizeram mais vezes) foi um porto na Carolina do Sul (ou do Norte), por onde conseguem fazer a exportação.

A peça da moto também não chegou, de modo que partiremos sem que o serviço tenha sido feito: na segunda-feira, como já havia nos acontecido, a concessionária não abre.

Bem, se não há alternativa não adiantava gastar mais energia com isso: começamos a peregrinação pelos caixas automáticos para juntar o dinheiro, pois precisávamos de dois dias devido ao limite diário imposto pelos bancos. E o resto do tempo dedicamos a mais algumas compras, resolver alguns probleminhas técnicos na Apple e comer pela última vez algumas coisas que deixarão saudades, como lagosta e comida mexicana de verdade.

Fomos almoçar no Red Lobster para saborearmos a lagosta, e na mesa ao nosso lado estava um casal bem idoso e o senhor precisava orientar a esposa como fazer para descascar o camarão e outros procedimentos. Os dois levantaram e percebemos que tinham dificuldades para se locomover. E como tínhamos também terminado osso almoço, acompanhamos os dois para ver se eles estavam de carro. E estavam, realmente, numa Blazer ou coisa parecida. Eles deveriam ter bem mais do que 75 anos e com todas as dificuldades continuavam na direção de um veículo. É de espantar... e se vê muitas pessoas nessa situação.

A parte da comida mexicana foi fácil de resolver na área onde fica nosso hotel: é incrível o que se encontra de latino por aqui. Muitos outdoors têm a propaganda escrita em espanhol, restaurantes mexicanos e de outros países centro-americanos (nunca havíamos visto restaurante típico hondurenho) por todo lado. No domingo fomos a um que era tão voltado para o público latino que mesmo com nosso (meu) jeito de gringos a garçonete só falou espanhol conosco - pelo jeito quem entra ali tem que saber a língua... Comemos muito bem e barato: uma refeição com camarões, legumes, feijão, arroz, guacamole e tortillas, mais os nachos com molhinho apimentado que vêm como couvert, pagando U$ 10,00!

A locomoção pela cidade é feita por vias de trânsito rápido, mas saindo-se dessas vias, na região onde estamos hospedados, as ruas têm um asfalto bem fininho, sem calçadas, com terra ao lado da pista... é muito fácil achar que se está na América Central ou no México.

Há inclusive um supermercado chamado Fiesta, a uns quatro quilômetros da concessionária BMW, que é uma verdadeira “fiesta” mesmo: música em alto volume e cheio de cartazes e bexigas voando para chamar à atenção. E nos semáforos há pessoas vendendo água e com propaganda de consultas médicas naqueles cartazes pendurado no pescoço cobrindo a frente e a parte de trás do corpo da pessoa. Estamos chegando em casa antes mesmo de sair daqui.

No sábado fomos ao teatro assistir à apresentação de The Flying Karamazov Brothers. O teatro, Jones P. Hall, é muito bonito, o carpete vermelho é super fofinho, e suas intalações são muito bem conservadas. A apresentação foi muito boa, descontraída, pois os quatro misturam acrobacia, com humor, dança e música- foi uma noite divertida. E o horário é muito bom: 19h30 até às 21h30, volta-se tranquilo para casa, com tempo de ir jantar em horário razoável. Fomos de carro, que deixamos estacionado a uma quadra e meia, sem que ninguém nos perturbasse para guardar ou tomar conta do carro.


31/10/2011 - Segunda-feira: Houston / TX - Dallas / TX

E hoje realizamos nossa última viagem por terra nos Estados Unidos. Passamos na Schumacher para pagar o transporte da moto e definir alguns detalhes finais. Resumo da ópera: daqui a umas 5-6 semanas ela deverá chegar em Santos. E nós tocamos para Dallas para pegarmos o avião no dia 1º de novembro.

A viagem foi tranquila, com alguns aspectos interessantes: a área metropolitana de Houston é muito grande, rodamos o trecho inicial de mais de 60 quilômetros sempre com áreas comerciais ao longo da estrada. Só depois disso é que começou a área agrícola e pecuária. Como despedida vimos até um veadinho correndo ao longo da estrada pelo gramado e um lobo morto no acostamento. As áreas agrícolas são bem extensas, se espalhando muito além da estrada.

No meio da viagem paramos para abastecer num local onde há uma casa de defumados: Woody's Smoke House. Foi uma escolha sem nenhuma razão específica, mas se revelou excelente: eles oferecem uma variedade enorme de embutidos e de carnes secas / de sol, além de queijos, tortas doces e além de um pequeno buffet de carne na chapa, linguiça, frango, codorna, cebola crua, pepino em conserva e pimentão. E para completar um feijão muito, mas muito bem feito, tem muito brasileiro que não faz um feijãozinho tão saboroso como aquele. Não tinha arroz, o feijão se come como uma sopa. Pode-se sentar a uma mesa onde há pão de forma branco e preto do qual você pega quantas fatias quiser. Boa pedida!

Foi muito bom virmos para Dallas antes de voltarmos para o Brasil. Embora achamos que seria também bom ter ido até a Flórida pelo mesmo motivo: o trânsito é terrível! Às 16h as diversas vias de quatro pistas, e veja que são muitas vias mesmo, estavam com o trânsito super lento. Para percorrer 20 km levamos mais de 45 minutos, num anda e para de que não havia como escapar. Mas tudo com muito respeito, sem buzinas, sem xingamento, muito civilizado. E olha que a maioria dos motoristas são latinos. Foi bom, assim lembramos o que vamos pegar novamente em São Paulo.


01/11/2011 - Terça-feira: Houston / TX - São Paulo / SP

E cá estamos, sentados no saguão de espera do maior aeroporto do mundo, atualizando essa página e esperando para ver se embarcaremos ou não: nossas passagens são do tipo lista de espera, e temos que aguardar para ver se haverá lugar ou não no vôo. Opa, acabaram de mostrar na 'televisão' que nossos nomes foram liberados. Daqui a onze horas estaremos em Guarulhos, de volta a casa após 247 dias rodando por essa América. É uma volta diferente do que havíamos imaginado, mas que nos deixa emocionados e felizes por rever nossos filhos, nossa casa, amigos e nosso país.



Depois do almoço fomos passear um pouco na calçada da praia e depois pegamos o carro e fomos até o fim da ilha. Ao longo do litoral há várias casas e condomínios, muito agradáveis, bem à beira mar. Uma particularidade é que as casas ficam sobre pilastras, parecendo para se precaver de enchentes. Todas estavam vazias. Na cidade propriamente dita, mesmo em plena quarta-feira, fora de temporada, havia movimento. Ficamos imaginando com seria no verão e mesmo em fim de semana, e não sabemos se gostaríamos tanto de estar lá.
Diários de Bordo