Concentramos os três dias numa única entrada do diário pelo pouco que aconteceu. A viagem de Gladstone a Seattle foi tranquila e sem nada relevante para relatar: Interstate de ponta a ponta, e pouco depois do almoço estávamos no hotel.
Como ainda era cedo tomamos um ônibus e fomos até o centro de Seattle, só para passear um pouco no Pike Place Market e jantar por ali. Havíamos escolhido um hotel um pouco fora de Seattle para economizar na diária, mas não sabemos se compensou: ida e volta de ônibus custou U$ 10,00.
A coisa complicou no dia seguinte: amanheceu chovendo e frio. Se fosse outra cidade provavelmente teríamos tentado fazer algo mesmo assim, mas como já conhecíamos Seattle nos deixamos encurralar pelo tempo e ficamos no hotel, saindo só para almoçar e comprar uns queijos e uma garrafa de vinho para a noite.
E o domingo foi pior ainda - mais chuva e mais frio. Balanço final: não vimos nada de Seattle e o site foi bem atualizado!
18/07/2011 - Segunda-feira: Seattle - Vancouver (CN / BC)
Saímos sem pressa do hotel, contando que a viagem total duraria umas duas horas e meia. Acabamos levando um pouco mais, mas de qualquer forma foi um trecho tranquilo. O tempo estava encoberto, 17 graus, e houve momentos em que chegamos a temer que chovesse.
Quando nos aproximávamos da fronteira o tempo melhorou, mas criamos nossas próprias 'nuvens': começamos a nos perguntar se aconteceria algo parecido com a entrada no EUA... Pouco antes de chegar à fila havia um luminoso indicando um tempo de 35 minutos para completar a travessia. Em seguida descobrimos que ali não valia a regra de Tijuana: dois outros motociclistas deram o exemplo, e tivemos que esperar comportados na fila, até chegar nossa vez.
Sistema parecido com Tijuana/San Diego ('pedágio'), mas com um funcionário qualificado e provido de poderes adequados: fez as perguntas usuais (se tínhamos bebidas, tabaco ou drogas, quanto tempo pretendíamos ficar e quanto dinheiro tínhamos) e carimbou os passaportes ali mesmo. Assunto encerrado, estávamos no Canadá.
Dali até North Vancouver ainda levamos mais uma hora, sem percalços. Ao chegarmos descobrimos que o hotel que reserváramos baseados exclusivamente no custo, era muito bem localizado para visitar boa parte das atrações que nos interessavam.
Nos instalamos e saímos para conhecer, a pé, o primeiro ponto turístico: a Lions Gate Bridge. Essa ponte é um marco de Vancouver, realmente muito bonita. Ela liga Vancouver a North Vancouver e tem um comprimento de 1.823 metros e no ponto mais alto fica a 111 metros do mar. Atravessamos a pé para poder fotografar e apreciar a vista lá de cima. Do outro lado da ponte fica o Stanley Park, outro ponto turístico obrigatório de Vancouver. É um parque imenso, com uma infinidade de opções de lazer, reconhecido mundialmente como um dos grandes parques.
O único problema é que é praticamente impossível percorrê-lo a pé devido ao tamanho (400 hectares). Só fomos até o mirante que víramos da ponte e do qual agora podíamos apreciar a ponte e a entrada do porto, e retornamos - afinal, ida e volta já foram belos seis quilômetros de passeio.