Não há muito o que dizer de um sítio desses. Vamos colocar muitas fotos no álbum, pois são a forma mais adequada de descrever o que vimos. Quando saímos do sítio ficamos em dúvida sobre visitar o museu anexo, mas acabamos indo. Vale a pena. Eles têm algumas fachadas de edificações reconstruídas, que são um espetáculo! Acabamos não indo às Sepulturas, que dizem também serem interessantes.
Um outro aspecto curioso é encontrar algumas peças fora do sítio formal, ao longo do caminho de pedestres que liga a cidade às ruínas.
Como uma atração paralela, existe um tour que se pode fazer de Copán a um parque de araras. Se você tiver a mesma experiência que tivemos, economize o tempo e o dinheiro: havia um monte de araras na entrada do sítio arqueológico, e dava para vê-las, fotografá-las e principalmente ouví-las muito bem.
O jantar foi num restaurante típico, onde comemos só comida local. Está difícil entrar em acordo com as tortillas: elas têm um sabor tão forte ao milho de que são feitas que acabam anulando o gosto do que se come com elas. Será que é por isso que os mexicanos carregam tanto na pimenta?
04/06/2011 - Sábado: Copán Ruinas - San Salvador (SV)
Pronto, com Copán consideramos encerrada a visita a Honduras e tocamos para El Salvador. É possível ir para El Salvador passando pela Guatemala: há uma passagem de fronteira para a Guatemala a doze quilômetros de Copán, e dali pode-se seguir para El Salvador. Optamos por fazer outro caminho, para evitar duas passagens de fronteira seguidas (tempo e custo).
Então voltamos para La Entrada, por onde havíamos passado na vinda para Copán e dali seguimos para Santa Rosa de Copán e El Poy, o posto de fronteira. Foi a passagem mais tranquila até agora, e poderia ter sido um recorde de tempo. Infelizmente sempre tem que acontecer alguma coisa: fizemos a nossa saída de Honduras (passaportes) e seguimos para a aduana registrar a saída da moto. Tudo razoavelmente rápido e sem aborrecimentos nem custos, também graças às poucas pessoas passando por essa fronteira.
A entrada em El Salvador foi tranquila e agradável: nos indicaram claramente onde devíamos estacionar e onde devíamos iniciar os trâmites. Fizemos a imigração e fomos para a aduana. Tivemos que esperar um par de minutos e já veio um funcionário fazer a inspeção da moto e preencher o formulário de solicitação de importação temporária.
Ele mesmo fez as cópias dos documentos necessários e começamos a achar que ali era o paraíso das aduanas. Aí ele apontou para um guichê do outro lado do edifício e disse que eu deveria ir ali para receber a autorização de entrada no país. E lá a coisa complicou: não sabemos se o funcionário que processou nossa entrada era aprendiz, se nunca haviam feito uma moto, enfim, ficaram duas pessoas, às vezes consultando ainda uma terceira, por mais de meia hora preenchendo dados no computador.
Finalmente foi produzido o tal documento, que eu devia assinar. Só que meu nome e a placa da moto estavam errados. Toca a corrigir, mais de cinco minutos para alterar os dois dados, e finalmente estávamos liberados. Uma pena, mesmo com tudo isso levamos somente 1h45 incluindo os dois países. Certamente poderia ter sido muito menos. E totalmente sem custo. Comentário: uma chapa como a nossa, DZO 0509, é aborrecimento certo: esse O ao lado do 0 vive dando confusão, e temos que estar duplamente atentos para que não ocorra uma troca.
Aliás, nessas passagens de fronteira aprendemos que o documento brasileiro (CRLV) é super-adequado para esses momentos: mais de um país que o título de propriedade do veículo, enquando outros querem a licença de circulação do veículo. O Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo vem a calhar: com a palavra registro conseguíamos convencer os funcionários que aquilo era um título de propriedade e a palavra licenciamento resolvia a questão da circulação. Dizíamos que no Brasil é o mesmo documento para as duas coisas, e sempre deu certo. Além disso ele é cheio de brazões e carimbos, o que pega muito bem com esse pessoal.
Preparando-nos para sair, dei a primeira bobeada em relação a câmbio (até agora eu estava bem informado ao passar as fronteiras): perguntei ao funcionário qual era o câmbio vigente, e ele ficou sem saber o que responder. Só depois de mais uma troca de frases é que entendi que a moeda de El Salvador é o dólar americano. Que câmbio eu poderia estar querendo? Também não tínhamos mais lempiras para trocar: em Copán havíamos gasto quase tudo ao abastecer a moto e em Santa Rosa foi o resto comprando algo para beber.
Bom, entramos em El Salvador, tentando chegar a Juayúa. Não é longe da fronteira, mas a estradinha, além das curvas que podem ser um prazer, é bem ruinzinha e movimentada, estragando o possível prazer. Quando estávamos a meio caminho concluímos que não chegaríamos e decidimos parar em Santa Ana. Só que chegando a Aguilares, onde deveria haver uma saída para Santa Ana, não vimos saída nenhuma. Aliás, a sinalização dessa estrada de El Poy a Aguilares é muito ruim. De Aguilares em diante a estrada melhora muito, mas o trânsito também fica mais pesado, e em termos de tempo de viagem o resultado acaba parecido.