Bem, um dia tínhamos que continuar, não é? Esse dia foi hoje. O destino foi Williamsburg, da qual falaremos mais amanhã. Para assegurar que não faríamos o mesmo caminho da vinda (pela Bay Bridge, que parecia o mais rápido) pegamos uma estrada ao longo da costa por alguns quilômetros antes de ligar o GPS - dessa forma ele foi 'convencido' a nos levar por ali.
Pensávamos que seria devagar, mas deu para vir numa média de 80 km/h, por locais muito bonitos. É interessante ver como, mesmo estando-se no litoral, se encontra áreas agrícolas - tomates, milho, morangos, abóbora, batata - e criação de cavalos. É só se distanciar alguns poucos quilometros da praia, uns seis quilometros, e já se nota essas atividades, sendo feitas entre casinhas muito bem cuidadas, com varandinha, jardins, e o barco 'estacionado' no gramado. Legal ver como vive muito bem grande parte da população norte americana.
O grande evento da viagem foi a travessia da outra ponte da Chesapeake Bay: a Bay Bridge-Tunnel. É isso mesmo, o nome se diferencia somente pelo '-Tunnel'. E como diz o nome, é uma ponte como a outra mas que, em dois pontos, mergulha por baixo do mar para permitir a passagem de navios. São quatro segmentos de pontes, com dois túneis.
A ponte tem 28,16 km. sobre o mar e um total de 36,8 km de extensão. Liga a cidade de Virginia Beach a Cape Charles, na Chesapeake Bay. Os túneis têm 1,6 km de extensão cada um. Essa beleza de engenharia foi inaugurada em 15 de abril de 1964 com dinheiro arrecadado nos pedágios. Nenhum dinheiro da União, do Estado ou da Prefeitura foi usado! O traçado não retilíneo ocorreu devido a profundidade e as correntes marítimas. Os túneis foram impostos pelos governo federal e pelos militares, em tempos da Guerra Fria, pois a Base Naval de Norfolk fica nessa região e não podeira ter nada obstruindo o canal de navegação de cruzadores, porta-aviões e escaleres. É realmente impressionante trafegar sobre o mar e “no mar”.
Continuando passamos por Norfolk, novamente pontes e túnel, pegamos uma chuva rápida, mas bem forte, com direito a raios, mas chegamos já secos em Williamsburg, com a temperatura acima de 30ºC.
29/09/2011 - Quinta-feira: Williamsburg, VA
Essa parada em Williamsburg teve dois aspectos especiais para nós: estamos completando o circuito histórico da época da Independência dos Estados Unidos (passamos por Boston, Filadélfia e agora Williamsburg) e também fazendo uma jornada sentimental no tempo: estivemos em Williamsburg em 1976, na primeira vez em que viemos aos EUA.
Williamsburg tem uma área histórica (Colonial Williamsburg) que é como se se entrasse numa máquina do tempo. O bairro foi conservado e restaurado para mostrar como era no fim do século XVIII. Pode-se simplesmente caminhar por lá, sem pagar taxa alguma ou, se quiser visitar as diversas casas residenciais, comerciais e governamentais que existiam e participar dos tours aí, sim, você paga uma taxa de U$37,90 e pode ter muitas informações a respeito da história do lugar.
Já no Centro de Visitantes há a apresentação de um vídeo de quarenta minutos em que se toma contato com a história do movimento da independência. As pessoas que trabalham em Colonial Williamsburg usam vestimentas da época da colonização e como andam pelo bairro cuidando das diversas atividades que ocorrem, dão um ar muito interessante à área.