Esta foi a primeira viagem realmente longa, precedida, claro, de muita expectativa, planejamento e sonhos. O resultado final foi altamente gratificante mas, claro, acompanhado de diversos erros!
O grupo era composto por seis motos (dois casais e quatro 'solos') e um carro com dois casais. Não havia GPS (ou pelo menos não para o nosso poder aquisitivo) e acesso à Internet em hotéis ainda era bastante limitado. Então nos enchemos de mapas em papel para orientar as jornadas e facilitar encontrar os hotéis.
Um dos detalhes marcantes que caracterizou a viagem do ponto de vista grupo é a dificuldade de realizar esse tipo de viagem em grupo. Decorridos mais ou menos dois terço da viagem formaram-se dois grupos de três motos, que seguiram dessa forma até Porto Alegre.
Uma convivência 24 horas por dia por semanas é algo difícil para todas as pessoas, até mesmo para casais, pois não é algo que se que se pratique normalmente no dia a dia. Quando esse convívio é com pessoas com as quais se tem pouca intimidade, o problema é agravado pelas pequenas diferenças de postura que podem se tornar irritantes ao longo do tempo.
Mas isso foi apenas um detalhe desagradável numa viagem cujo balanço final foi muito positivo. Essas viagens no conme sul da América têm uma característica que as torna um tanto cansativas: para quem sai de São Paulo são necessários de três a quatro dias de pura locomoção, pois até chegar ao meio da Argentina (Santa Fe, Cordoba, Corrientes dependendo do roteiro) não há muita coisa para se ver ou o que há para ver se torna repetitivo porque o caminho acaba sempre passando por ali.
Dadas as limitações de tempo da maioria dos viajantes, uma parte significativa das viagens se torna um pouco de correria para começar a aproveitar de verdade. Mas é o preço a pagar para quem tem 30 dias ou até menos de férias.
As próximas páginas mostram:
- O mapa ilustrativo desse roteiro.
