Beth & Heinz Klein

(Moto)viagens

Américas 2011- preparativos

Do sonho ao plano

Já sonhávamos fazer uma viagem assim há muitos anos, a motocicleta passou a fazer parte desse sonho há aproximadamente três anos. E desde o início de 2010 o sonho começou a se transformar num plano concreto.

Primeiro começamos a esboçar um roteiro básico, que resultou na descrição da página anterior. O passo seguinte foi a discussão de equipamento e em paralelo começou a construção do sítio Web que você está lendo (na realidade esta é uma nova versão - o original estava muito difícil de manter e expandir).

Na realidade esses preparativos consumiram mais tempo e esforço que a definição de um roteiro: este de uma certa forma foi secundário em comparação com os detalhes 'técnicos' que uma viagem dessa magnitude envolve.
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Equipamento

A moto

Andamos com motos BMW modelo GS desde 2004, e a decisão de prosseguir com esse modelo foi quase automática. Decidimos apenas partir para uma R 1200 GS Adventure (GSA), por algumas razões: o tanque de 33 litros é muito valioso em algumas regiões ao longo de toda a viagem, não só pela autonomia em si mas pela possibilidade de selecionar postos de gasolina para abastecimento. Além disso é uma moto mais robusta em diversos sentidos: rodas raiadas, suspensão reforçada e uma série de outros pequenos detalhes. Claro que essa robustez, além do custo financeiro, representa 40 quilos a mais no peso.

Em agosto/2010 compramos uma moto 2008,  com pouco mais de 30.000 km rodados. A opção por uma moto usada foi de caráter econômico e utilitário: no Brasil, motos BMW usadas perdem valor de forma brutal quando têm quilometragem alta, e pretendíamos rodar uns 70.000 quilômetros. Comprar uma moto nova seria certamente perder ainda mais dinheiro do que já perdemos com essa. Além disso, algumas motos BMW (GS)  nos últimos anos têm apresentado alguns problemas, que normalmente ocorrem nos primeiros 10.000 km. Essa moto já passara por essa fase e em tese devia estar 'estável'. Mesmo assim fizemos uma garantia estendida por um ano, para prevenir algum possível problema. No fim andamos apenas 40.000 km., sem nenhum problema siginificativo!

Equipando a moto

Gastamos um bocado de tempo analisando as opções disponíveis, principalmente as malas e espaço em geral: conseguir guardar adequadamente o que queríamos levar e ao mesmo tempo ter algo suficientemente leve para não se tornar um fardo depois de três semanas é um dos aspectos críticos dessa viagem.

A opção ficou com top case Zega e malas laterais Zega PRO da Touratech: as bolsas internas das malas laterais são excepcionais na forma de abertura e aproveitamento do espaço das malas, e o top case tem capacidade para 50 litros numa caixa retangular: uma forma que permite aproveitamento total do espaço. Além disso as malas laterais oferecem a opção de tamanhos diferentes de cada lado da moto, de modo a reduzir o efeito 'alargador' do escapamento do lado esquerdo: a mala esquerda é cinco centímetros mais estreita que a direita. Essa linha de malas também oferece uma série de pequenos acessórios bastante úteis, dos quais compramos alguns.

Outro equipamento que consideramos importantes foram bancos mais confortáveis - também da Touratech (Na realidade Kahedo comercializados com a marca Touratech). O banco da garupa é significativamente superior ao original (que não é lá dos melhores) e para mim procurei um banco ligeiramente mais baixo que o original, pois apesar de ser alto (1,90 m) minhas pernas são curtas, e uma GSA com a suspensão regulada numa posição mais alta não me proporciona apoio suficientemente seguro para manobrar ou estabilizá-la em terreno irregular.

Finalmente acrescentamos alguns detalhes funcionais ou de conforto que são opção de cada um, difíceis de justificar - questão de gosto e prioridades. A lista completa de acessórios colocados na moto está na página de equipamentos.

Equipamentos pessoais de segurança

Não compramos praticamente nada novo para a viagem, só nova roupa de chuva. Compramos (reposição) capacetes na Guatemala e roupas no Canadá, mas o estado de conservação e a idade do que tínhamos no momento da partida eram adequados para começar a viagem e duraram um bom tempo. Nossa indumentária está descrita na página de equipamentos.

Obtenção de vistos

Obviamente tivemos que pesquisar e obter os vistos necessários para viajar para todos esses países. Desistimos de solicitar os vistos para a Guiana (francesa) pois daria muito trabalho e a probabilidade de irmos lá era muito baixa.E descobrimos que para todos os países da América Latina (exceção México) brasileiros são isentos ou é possível obter o visto na fronteira. E mesmo no México quem tem visto para os EUA pode entrar lá. Então nos concentramos nos EUA e Canada.

SPOT

Um dos equipamentos que levamos foi o SPOT Sattelite Personal Tracker, que oferece dois recursos importantes para nós: possibilidade de solicitar socorro e resgate em situações de perigo e também a criação de notificações, para contatos registrados em nosso perfil, de que estamos bem e mostrando nosso progresso ao longo a viagem. Foi a partir dos registros do SPOT que saiu o mapa desta página.

Para detalhes sobre o SPOT visite sua página.

Viagem de teste

Rodamos quase 2.000 km com a bagagem que foi usada na viagem, para avaliar espaço, equipamento e a moto. Correu tudo bem, e fizemos apenas pequenos ajustes.

Plano de roteiro

Tanto na fase de preparação como depois durante a viagem, percebemos que nós (não sabemos se o mesmo acontece com outros) não conseguimos detalhar um plano desses para muito mais que um mês. Assim, partimos com uma noção razoável dos países que gostaríamos de visitar e uma lista de alguns lugares que definitivamente queríamos ver. Mas em cima desse plano mestre as decisões específicas de cada trecho eram tomadas quase em cima da hora, conforme evançávamos.
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