Nosso sonho é varrer o mundo (difícil, mas sonhar é de graça) mas houve algumas boas razões para começar pelo continente americano:
- Até hoje (mesmo depois da viagem) não demos a devida atenção ao Brasil, devemos isso a nossa terra natal.
- O continente americano é o mais difícil e temos que considerar que com o passar do tempo nossa capacidade física tende a diminuir. Ah, consideramos a América a mais difícil porque grandes viagens pela África e Ásia têm prioridade muito baixa em nossos planos: esses dois continentes podem se revelar difíceis demais para nós - se possível visitaremos alguma coisa, mas só o que for realmente viável e possivelmente sem moto.
- Foi uma forma de começarmos 'perto de casa' - passamos os primeiros dois meses ainda no Brasil.
O nome do projeto "Seguindo o verão pelas Américas" descreve uma parte do sonho que não se realizou: como queríamos ir até o Alaska e na volta 'descer' até Ushuaia, o objetivo era estarmos no Alasca no verão local e também em Ushuaia no verão do sul, para evitar as temperaturas muito baixas nesses extremos. Acabamos visitando somente o verão do Alasca, mas mantivemos o nome...
O roteiro básico, a partir de São Paulo, foi:
- Cruzamos o Brasil ao norte e oeste do ponto de partida de forma a cobrir o que haja de interessante do ponto de vista turístico ou histórico (não esquecer que Beth é professora de história). Deixamos de fora alguns lugares mais difíceis de atingir - não somos chegados a terra ou rípio - ou que exijam grandes distâncias que obriguem a voltar pelo mesmo caminho (Acre parece ser uma dessas 'exclusões').
- Completamos essa parte da viagem em Manaus, de modo a dali seguir para o norte e visitar Venezuela e Colômbia.
- Da Colômbia (Cartagena) embarcamos com a moto num veleiro e seguimos para o Panamá, e dali subimos pela América Central. A idéia original era alternar países ou 'lados' (costa do Caribe / costa do Pacífico) para voltar pelo mesmo caminho visitando o que não fosse visto na ida. Mesmo antes de começar a viagem desistimos disso e optamos por rodar a Améica Central apenas uma vez. A experiência real apenas confimou o acerto dessa decisão.
- Até esse ponto tínhamos uma razoável idéia de onde ir e o que ver. Dos Estados Unidos para a frente só sabíamos que queríamos chegar ao Alasca, o resto ficou para ser definido durante a viagem.
- E acabou sendo mais ou menos assim: subimos quase em linha reta até o Alasca e de lá atravessamos o Canadá até chegar ao Oceano Atlântico, mas já nos Estados Unidos.
- De lá rodamos pelo leste dos Estados Unidos procurando ver coisas interessantes, mas essa parte acabou encurtada (ver diário de bordo) e retornamos de Dallas de avião - a moto veio de navio.
As demais informações sobre essa viagem são: